O futuro do Brasil na F1

, Posted by Q3 Motor Press at 16:44

Com os fatos vistos no GP da Alemanha deste ano, Felipe Massa saiu da categoria de piloto fora de série, que os torcedores brasileiros acordavam cedo ou varavam madrugadas para assistir a corrida, na expectativa de uma vitória, para a categoria piloto comum, o qual não se espera uma colocação espetacular. É aquele que tem chances de vitórias triviais. E no máximo, um terceiro lugar no Mundial.
Até então, Massa era o piloto brasileiro com maiores chances de vitórias na F1. Os brasileiros esperavam isso dele. A mídia depositava todas as fichas. As aberturas das matérias sempre eram em cima do ferrarista. Querendo ou não, era ele quem garantia a audiência nas transmissões televisionadas da F1 no nosso país. Agora que ele é apenas o escudeiro do espanhol Fernando Alonso na Ferrari, como ficará a relação imprensa, F1 e audiência?

Outras interrogações surgem com a baixa do principal piloto brasileiro. Sem Massa na ponta pela disputa do Mundial, quem será o brasileiro responsável pelo “cargo” de guerreiro na disputa de vitórias e títulos na categoria, além de garantir a audiência televisiva nas madrugadas e manhãs de domingo? Porque é explícito que brasileiros não gostam de corridas. Gostam mesmo é de ver os compatriotas vencendo.

E mais. Quando Felipe estiver em uma equipe intermediária, assim como Rubens, sem nenhuma chance de brigar por vitórias, como ficará a situação? Isso não está muito longe de acontecer. Porque da nova geração de pilotos nacionais, não podemos esperar muita coisa, pelo o que foi apresentado por Di Grassi e Bruno Senna até o exato momento da temporada.

É evidente que não podemos crucificar a dupla brasileira estreante na F1. Os monopostos de ambos não ajudam. Não tiveram chances de mostrar todo o potencial que possuem. Quem marca pontos e vence corridas são os carros, com a ajuda do talento dos pilotos. Porém, Di Grassi tem a sua permanência ameaçada na Virgin por Jerome D’ Ambrósio. O piloto da GP2 tem uma boa quantia em dinheiro para levar a vaga do cockpit da Virgin. Como o dinheiro prevalece sobre o talento na F1, Di Grassi poderá estar fora da categoria no próximo ano.

Já Bruno Senna não tem certeza se a Hispania continuará na próxima temporada. Sobre Barrichello, o piloto da Williams está em outra fase. Corre por prazer. Também não tem chance alguma de brigar por títulos e vitórias. E sua aposentadoria deve estar próxima.

É claro que quem gosta de F1 vai acompanhar tendo ou não brasileiros com condições de ganhar títulos. Mas para quem gosta de ver brasileiros ganhando na categoria, é bom se preparar. Foi muito bom acompanhar Felipe Massa surgir como uma promessa de sucessor de Senna. Voltar a ver um brasileiro ganhar no GP de Interlagos foi ótimo. Ele preencheu um vazio existente há anos. Foi muito bom enquanto durou. Porque com o fim de Massa, o fora de série brasileiro, o futuro da F1 aqui no Brasil está ameaçado.

Assim como aconteceu após a morte de Ayrton, não levará muito tempo para a Fórmula 1 estar em baixa. Não será mais o tema nas rodas dos amigos nos botecos. A não ser pelos reais aficionados pelo esporte. Aqueles que acompanham a categoria independente de ter brasileiros ou não. Mas essa é uma pequena parcela da nossa população. E mais uma vez, o esporte em que o Brasil já fez muita história, com Fittipaldi, Piquet e Senna estará esquecido. Será apenas plano de fundo dos programas esportivos, notas de revistas e jornais.

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